quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Os Guardiães


Na passada sexta-feira, já com os olhos postos no fim-de-semana, fomos ao almoçar à Gulbenkian e passear depois pelos jardins.
É sempre uma boa solução para almoço. Não é caro (à volta de €6) e tem imensa variedade. Eu vou sempre para as saladas, acompanhadas de uma ou outra asneira, (peixinhos da horta, panados, empadas…), o meu querido vai sempre para as asneiras acompanhadas de uma (única e rara) salada.
O dia estava excelente e o jardim estava cheio de gente deitada na relva, a ler, a dormir e a namorar.


Aproveitei o resto da minha hora de almoço para me sentar no anfiteatro, ao sol, e retomar o que tem ocupado muitos dos meus minutos de lazer: mais um livro da trilogia Os Guardiães Do Dia, os Guardiães Da Noite e, já esta semana, Os Guardiães Do Crepúsculo.
Estes livros, emprestados por uma (igualmente) fã de livros negros, com vampiros e amigos, está deixar-me completamente viciada.
Podiam ser simples livros de fantasia, com um tema original, não fosse o pano de fundo de todas as histórias ser a discussão sobre o porquê de algumas pessoas serem boas e outras, simplesmente, más.
Os livros não tomam posições, e acabam por criticar as que pensam que são sempre boas, e disso se fazem, e humanizar as que se fazem de más. A luz e as trevas e a fronteira ténue que há sempre entre o bem e o mal.

A cada livro que passa, composto por três histórias cada um, mas sempre interligadas, vamos começando a gostar mais das personagens. Revemo-nos nas suas dúvidas, nos seus receios, nos amores e desamores. Acabo por ter pena dos que morrem (mesmo os maus) e já começo a andar pelas ruas de Lisboa a olhar com outros olhos para as pessoas, catalogando-as nas que, claramente, seriam das trevas e nas que seriam da luz.
O autor é russo (Serguei Lukianenko) e eu, que nunca tinha lido nada russo, estou a gostar muito da caracterização das personagens mas também dos lugares. O autor vai buscar momentos históricos e até fala sobre a Segunda Guerra Mundial e a Revolução Russa e o papel das referidas forças da luz e das trevas nesses momentos. Acaba por não tomar posição definida, o que nos deixa livres para entender simplesmente o que quisermos.


Aqui fica mais um bom hábito de 2009!

4 comentários:

  1. Nunca leste nada russo??????? Nem Trotsky nem nada semelhante??????????????? que choque!

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  2. Xiii, eu li os clássicos, antes de enveredar pela vampiragem.
    Mas que é uma vampiragem com muita substância, lá isso é.

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  3. "Catalogas" as pessoas (que vês na rua)?
    Muito bem. Evolução.

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