quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Benjamin Button



Mais uma quarta-feira chuvosa, mais um dia do mês de Janeiro que não passa, e uma boa noite para se ir ao cinema com a amiga.
Lá fomos, nada contrariadas, diga-se.
Só as duas, que o filme era supostamente para gajas…
Sala meio vazia, lugar que dá para esticar as pernas e um calor um bocadinho exagerado.
Três horas de filme, com intervalo (mesmo na parte melhor!) e muito sentimento à mistura.
Chorei a lágrima da praxe no final, e tentei não sucumbir à gargalhada quando a minha amiga largou “isto sim é um homem”, assim que o bom do Benjamin (finalmente) rejuvenesceu.
Dada a choradeira na parte final, saí de lá um bocadinho menos animada do que tinha entrado, mas nada desiludida.
O filme é, basicamente, muito bonito.
Daqueles filmes cheios de imagens perfeitas, cheias de frases que ficam no ouvido. Mas é também muito triste.
Mais do que falar do amor, da paixão, fala da velhice. De uma velhice que acompanha alguém, desde que nasce até que...
Fiquei com uma sensação de amargo na boca (que nem o Brad Pitt com 18 anos me tirou), mas, ainda assim, satisfeita por ter passado a minha noite (chuvosa de Janeiro) a vê-lo.
Contas finais: vale mesmo muito a pena, para o menino e para a menina.
Sai-se de lá com vontade de viver muito até a velhice chegar.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Senhor Pedro ou Café Santa Cruz

Ali para os meus lados há um restaurante de que já há muito tinha ouvido falar.
Senhor Pedro para os habitués ou Café Santa Cruz para os novatos.

Antes tasca, agora restaurante, conjuga os antigos clientes (de todas as raças, hábitos, vícios e aptidões sexuais) com as pessoas que só querem ver a bola, beber e comer sem gastar muito dinheiro ou, simplesmente, deixar-se estar. Os pratos rondam os € 7, são bem servidos e bons. A mini € 0,75. As caipirinhas são fortes q.b. e as sobremesas são caseiras.

Passando pela entrada, bafejada pelo cheiro de vapores variados e povoado por pessoas de géneros alternativos, entramos na zona VIP (assim por mim baptizada, ainda que me pareça que não estou longe da realidade), decorada em tons de vermelho e com ecrans para todos os gostos futebolísticos.

O senhor que nos atende é simpático (até de mais acho) e pisca-nos muito o olho.
Saímos de lá satisfeitos e, a maior parte das, vezes já animaditos.
Dali podemos ir a pé para minha casa ou descer a rua, andar só 15 minutos e estamos em pleno Rossio.

Aqui fica, mais um hábito (bom e barato) para manter em 2009.

Incógnito

Numa noite chuvosa de Janeiro que prometia apenas mais um jantar calmo com a amiga, acabámos no Incógnito. Discoteca lisboeta, porventura renascida com o Bairro Alto a fechar às duas da manhã.
Muitos anos depois, esta é a segunda vez que lá vou desde o início do ano.
A música é boa, a bebida não é cara e o porteiro (que parece um dos três mosqueteiros) não nos olha de alto a baixo antes de nos deixar entrar. Sorri-nos e manda-nos esperar com paciência.
Uma vez lá dentro, somos bombardeados pelo calor e pela imensidão de gente para um espaço tão pequeno. Ecoa música dos anos 80 (antes pirosa agora na moda).
Dá para dançar, para ouvir boa música (até The Doors) e sair de lá com um sentimento que há muito já não se sentia. Uma dor (boa) nas pernas de tanto dançar e a dor na garganta de ter tido conversas profundas aos berros.
É para se tornar um hábito em 2009!