segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cultura aos molhos







A semana foi cultural q.b.



Três concertos e uma aula de dança.


O Inverno foi descansar uns dias e o Outono apareceu mas demasiado quente.
Na quinta rumámos ao Campo Pequeno para ir ver o espectáculo "Três Cantos", com Zé Mário Branco, Fausto e Ségio Godinho. (para expreitar em http://www.musica.iol.pt/noticias/sergio-godinho-fausto-bordalo-dias-enfim-juntos-jose-mario-branco-campo-pequeno-tres-cantos/1097790-3378.html)
Os três transportaram-nos para outro tempo, fazendo do campo um espaço mesmo pequeno para tanta gente, um espaço de nostalgia, animação e muita energia.
Foi algo de memorável ver os meus pais, e os pais de muita gente, aos saltos, aos gritos, a dançar e a gritar. Foi memorável recuperar sensações de outros tempos. Faltaram as que eu conhecia melhor e só cantaram mesmo os verdadeiros nostálgicos! Apenas consegui cantar a plenos pulmões "Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!". Uma das minhas músicas preferidas...
No sábado voltámos ao Seixal. Mais uma vez reuniu-se a família e toda a gente bateu o pé, bateu palmas e se riu com a Mingus Big Band.
Que espectáculo, que som!
Para quem não percebe nada de jazz, como eu, deu para apreciar tudo muito bem.
Para perceber que afinal posso comprar mais CDs daquele tipo de música, que é mesmo muito boa!
Ontem para fim de festa: Lindy Hop.
A nabice foi realçada por toda a turma ser composta de gente que sabe dançar muito e bem... ficou um amargo de boca, por não ter um menino com quem treinar... alguém se oferece?



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Seixal Jazz 2009 - Joe Lovano


Noite chuvosa, o Inverno chegou de um dia para o outro.

Por sugestão do meu pai, lá rumámos ao Seixal debaixo de algum stress com horas e bilhetes reservados mas não comprados...

A segunda circular estava um inferno, a Av. de Ceuta parada e a ponte 25 de Abril não andava... uma hora no trânsito e depois uma hora e meia de concerto.

Mas compensou!

O concerto era do/com Joe Lovano.
Saxofonista de renome (não para mim, inculta!) e a sua banda "Us five". Banda composto por Joe Lovano (saxofones tenor e soprano), James Weidman (piano), Esperanza Spalding (contrabaixo, voz), Otis Brown III (bateria), Francisco Mela (bateria e percussão).
Duas baterias, um contrabaixo, um piano e um saxofone (que ele trocava com outros instrumentos de sopro que não faço ideia como identificar!). As baterias eram o máximo, os meus preferidos!

Começou muito free (há que dominar o calão!) e eu pensei que ia ter dificuldade em acompanhar tal a autonomia de sons, mas depois passou para algo mais harmonioso (? na minha opinião !) e eu passei a gostar mais.
Muito bom, boa maneira de passar a noite, numa sala bonita, composta e animada.

E o melhor: sábado há mais no Seixal Jazz 2009!!

domingo, 18 de outubro de 2009

Seis personagens à procura de um autor


Depois de um fim-de-semana de arromba (merecedor de descrição em breve!), aqui fica o post que faltava, sobre o teatro da passada quarta-feira.

Seis personagens à procura de um autor, no Teatro S. Luiz, a € 5 para menores de 30 anos!

Começou muito bem, cenário engraçado, ambiente em que a peça se misturava com o público, mas, depressa, descambou.

Demasiada confusão, más projecções de voz (ora berros ora sussurros) e um mau entrosamento da história essencial com as restantes personagens. O tema era muito giro, mas faltou saber envolver e misturar. Tornou-se maçudo, complicado e até aborrecido. (Houve direito a cabeçadas para tentar não adormecer!)

No fim, a única nota positiva vai para o João Perry, muito bom actor, faz acreditar que é a personagem que procura um autor.

Nota negativa: o cliché de nos levantarmos sempre no fim das peças. Porque é que já não nos levantamos apenas quando vale a pena?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Lindy Hop e Diana Krall

Fim-de-semana eleitoral em Lisboa.
Fim-de-semana de Verão em pleno Outono.
Fim-de-semana com imensas visitas ao Jardim do Torel.
Sábado à tarde passeio pelo Rossio e Chiado acompanhados do cãozito. Imensa gente na rua, ambiente de Primavera, muitos elogios ao cãozito. Choco-leite-machiato (ao algo assim...) ali para os lados da Rua Augusta, numa esplanada cheia de turistas. Fresquinho, boa mistura de café com chocolate.
À noite, de mota, lá fomos ver a Diana Krall. Mas confesso que não me aqueceu nem arrefeceu. Não sei se por estar muito cá em cima, na sala de concertos do Campo Pequeno, mas senti-me um pouco desligada. Ela canta muito bem, as músicas são todas bonitas (à excepção de uma sobre o Canadá que era do pior...) e é muito simpática.
Deu para cantar o Corcovado, baixinho em brasileiro, enquanto ela cantava a versão inglesa, não tão bonita, mas ainda assim muito bem.
Houve quem gostasse muito e , no fim, isso é que contou.
Domingo: mais passeios e almoços familiares. Miminhos de sobrinha emprestada e depois passámos a tarde, no Ateneu, a dançar Lindy Hop (tendo já votado, claro!).
Nova dança antiga, com uma professora que falava tal e qual a Nelly Furtado.
Imenso calor, mas muita animação, numa sala antiga, virada para a rua do Coliseu.
Ficámos mesmo fãs e queremos repetir.
Quem quiser juntar-se à febre pode ver mais aqui:

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Encontros democráticos no NOVO JARDIM DO TOREL!


A comitiva estava no portão do Jardim do Torel.

A nossa curiosidade ganhou e decidimos entrar.

Os primeiros a pôr o pé no novo jardim do Torel!

O cãozito foi o primeiro a deixar a sua marca no relvado novinho... (que apanhámos discretamente!)

O dono foi o primeiro a sentar-se nas espreguiçadeiras estilosas (com design) com vista para a Baixa e o Rio.

E a dona foi a primeira a pendurar-se nas grades para ver melhor a paisagem.

Mas, eis se não quando, aparece o inaugurador do espaço: o Zé Faz Falta, antes bloquista, agora socialista, aparece de ar bem disposto e pergunta aos donos (e ao cãozito) o que acham do novo espaço.

Por momentos um pequeno susto... e se o dono demonstra que não gosta nada destes? E se o cãozito salta para a perna do Zé?

Mas nada disso: dono foi incisivo (como sempre!), acusando os atrasos e até sugerindo sacos pretos para cães.

E a malta (quase arruada) reuniu-se em volta dos primeiros visitantes do Jardim (e o James não resistiu e atacou mesmo uma perninha da comitiva!) e expressaram-se opiniões sobre o novo espaço de Lisboa. O Zé pediu que lhe telefonássemos se víssemos grafittis e nós dissemos que sim!

E assim se inaugurou (a 4 dias das eleições!) uma das melhores vistas da cidade, agora com um café e restaurante, que ainda não abriu, mas promete (o Zé!) que vai ter esplanada para toda a gente.

E já fazia mesmo falta....

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DEUS DA MATANÇA




O DEUS DA MATANÇA, que está em cena no Teatro Aberto, com Joana Seixas, Paulo Pires, Sérgio Praia e Sofia de Portugal, poderia ser uma peça muito boa, mas é apenas razoável.

Não porque os actores não sejam bons, não porque o tema não seja interessante, mas porque tudo é exagerado e demasiado estereotipado.
Começa muito bem. O tema é interessante: pais, filhos e casais. As decisões em casal, o trabalho pelo meio e as diferenças entre pai e mãe.

Mas depois tudo descamba. Tudo grita, tudo berra e tudo se embebeda.


Todos eles se tornam estereótipos: o advogado que não tem tempo para nada e que não liga muito á família, a mãe composta e bem arranjada, mas que no fundo é infeliz a todos os níveis; o pai compreensivo, mas banana, com uma profissão simples por comparação com o outro (não sei porquê…) e que, no fundo, só quer ser machão e a outra mãe idealista, artista, defensora da paz e que apesar de tudo acaba por ser oca e fútil.
Todos temos um pouco daquilo, mas não somos apenas aquilo.... acho.
As interpretações são excelentes, especialmente a das mães.
O Paulo Pires é um excelente estereotipo do que todos acham (??) que deve ser um advogado dado a sua rigidez natural.


Foi um bom serão, mas não foi ,de todo, o espectáculo que eu esperava.