quinta-feira, 31 de maio de 2012

Um contra o outro!

E com a Lisboa como cenário cantam os "Deolinda":  
"Sai de casa e vem comigo para a rua"!  
Vamos? 




Anda, desliga o cabo,
que liga a vida, a esse jogo,
joga comigo, um jogo novo,
com duas vidas, um contra o outro.
Já não basta,
esta luta contra o tempo,
este tempo que perdemos,
a tentar vencer alguém.
Ao fim ao cabo,
o que é dado como um ganho,
vai-se a ver desperdiçamos,
sem nada dar a ninguém.
Anda, faz uma pausa,
encosta o carro,
sai da corrida,
larga essa guerra,
que a tua meta,
está deste lado,
da tua vida.
Muda de nível,
sai do estado invisível,
põe o modo compatível,
com a minha condição,
que a tua vida,
é real e repetida,
dá-te mais que o impossível,
se me deres a tua mão.
Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.
Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.
Anda, mostra o que vales,
tu nesse jogo,
vales tão pouco,
troca de vício,
por outro novo,
que o desafio,
é corpo a corpo.
Escolhe a arma,
a estratégia que não falhe,
o lado forte da batalha,
põe no máximo o poder.
Dou-te a vantagem, tu com tudo, eu sem nada,
que mesmo assim, desarmada, vou-te ensinar a perder.
Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.
Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.
Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.
Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.
Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Se eu me fosse embora desta Lisboa ia ter saudades deste sol que agora fica até ás 9 horas da noite.
Ia ter saudades dos passeios com pedras azuis escuras e brancas.
Ia ter saudades das noites, cheias de gente na rua, mas mesmo assim pouco barulhentas.
Ia ter saudades do rio Tejo lá ao fundo.
Ia ter saudades de poder ir a pé a quase todo lado e poder sempre beber um bom café .
Ia ter saudades das ruas inclinadas que custam a subir, mas levam sempre a algum lugar bonito.
Ia ter saudades que me tratem por "menina" e se despeçam com "obrigadinhos".
Ia ter imensas saudades das esplanadas, com as cervejas superbock acompanhadas com tremoços e amendoins!
Ia ter tantas saudades... se eu me fosse embora!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Eu subo e desço a rua da alegria, dizem "os Azeitonas".
É uma rua de um só sentido, mas sem direcção, mas, para mim, só tem sentido em contra-mão!
E eu subo e desço, sozinha, mas sei que vou em boa companhia!
Há muitas ruas destas aqui por Lisboa, é só procurar!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Eu gosto de escrever.
E gosto de Lisboa.
E gosto de passear, de ver, de ouvir, de comer, de beber, de dançar e gosto de contar tudo.
E gosto de saber que mais de 5000 pessoas já vieram ler os meus gostos!

.
Obrigada.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Pela Lisboa com sol anda tudo a sorrir.
Os lisboetas estão felizes porque parou de chover e podem ir a pé para o trabalho, podem ir para as esplanadas. Já só ouço falar em caracóis, tremoços, sardinhas e cervejas!
E eu já só penso no mar gelado da costa da caparica e naquele cheiro a areia, creme e mar.
Nas tardes quentes em que regresso a casa para um banho frio e reparo que já tenho a marca do biquíni.
E já só penso em pôr os pés descalços na relva.
E já só penso em andar na rua até ás dez da noite e ainda ser de dia.
Em Lisboa com sol eu já ando a sorrir.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Não há mortes certas.
Não há mortes boas.
Alguém que desaparece deixa sempre uma ausência que nem as boas lembranças consegue afastar.
Mas há mortes mais erradas, mais estúpidas... mortes que não fazem o sentido quase sempre impossível na morte.
A do Bernardo Sassetti é uma delas.



domingo, 6 de maio de 2012

Domingo em Lisboa.
Domingo com sol. Sol de Primavera que tardou em chegar.
Uma lisboeta sai de casa, com o ipod nos ouvidos.
Sai no metro da Baixa-Chiado e admira-se que lhe sorriam só porque sim. Sorri de volta, ligeiramente corada, e mantém o sorriso escada rolante a cima, quando quem lhe sorri vai já escada rolante abaixo.
Destino: Largo do Carmo. 
Um amplificador, música de outros tempos, alguns que querem simplesmente dançar.
E dançam.
A lisboeta esquece as muitas pessoas que ali ficam a vê-la e aos outros. Esquece e roda, gira e sorri cada vez mais.
Fim de tarde, o sol já está menos quente, vem terminar o Domingo a casa.
Espera o autocarro e alguém lhe sorri de novo. Não resiste, retribui.
E esse alguém, sempre de sorriso nos lábios, cola na paragem do autocarro uma oferta: 
"Love! 
Just take as much love as you need".
E por baixo, para levar para casa, papelinhos oferecem amor, a quantidade que se precisar.
Esta lisboeta não tira, nem leva, todo o amor que precisa. Deixa-o para os outros, que não tiveram direito a tantos sorrisos neste domingo de Primavera.
 
 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

No Primeiro de Maio em Lisboa houve manifestações.
Em Lisboa no Primeiro de Maio houve gente e mais gente no supermercado Pingo Doce.
E falou-se de crise, berrou-se, criticou-se e gastou-se tempo em tudo e nada!
Eu vi as filas à parta do Pingo Doce. 
Mas eu também vi as filas que desciam a Av. Almirante Reis.
Em Lisboa, gente e mais gente juntou-se por causa do estado do país. Multidões por causa da crise.
De um lado, uma multidão que quis comprar produtos mais baratos. De outro, uma multidão que pediu um país diferente. 
Em Lisboa juntaram-se e tentaram combater, ou esquecer, a falta que o futuro com sol lhes faz.