sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pelo sonho é que vamos,

Ontem fui ao "B.leza".
Estava a chover e eu tinha preguiça.
Mas o dia tinha corrido bem, mas a tarde tinha sido boa.
E fui ao "B.leza" ouvir o Norberto Lobo a tocar com o Carlos Bica.
E apesar da chuva, e apesar da preguiça, o tempo passou depressa.
E em frente havia a ponte 25 de Abril, havia o rio Tejo e a chuva.
O dia merecia terminar assim.

E ontem, antes do "B.leza", ainda não conhecia o poema do Sebastião da Gama, mas se conhecesse, haveria de o ouvir entre o contrabaixo e a viola.  

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos, não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
Partimos. Vamos. Somos.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Um compasso de espera, um intervalo.
Passeios pela Lisboa e por outros destinos, ditaram umas férias deliberadas destas paragens em forma de blogue.
Terminada a viagem, regressa-se à Lisboa que é a casa.
Com projectos, passeios, concertos e deambulações por aqui e por ali, voltamos aos Fiapos, não esquecidos, apenas adormecidos!
Um adeus e um até já, com umas palavras do Mário de Sá Carneiro (no dia do aniversário da sua morte):

"Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto,
... É com saudades de mim."

Mário de Sá Carneiro ( 1890-1916)