sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DEUS DA MATANÇA




O DEUS DA MATANÇA, que está em cena no Teatro Aberto, com Joana Seixas, Paulo Pires, Sérgio Praia e Sofia de Portugal, poderia ser uma peça muito boa, mas é apenas razoável.

Não porque os actores não sejam bons, não porque o tema não seja interessante, mas porque tudo é exagerado e demasiado estereotipado.
Começa muito bem. O tema é interessante: pais, filhos e casais. As decisões em casal, o trabalho pelo meio e as diferenças entre pai e mãe.

Mas depois tudo descamba. Tudo grita, tudo berra e tudo se embebeda.


Todos eles se tornam estereótipos: o advogado que não tem tempo para nada e que não liga muito á família, a mãe composta e bem arranjada, mas que no fundo é infeliz a todos os níveis; o pai compreensivo, mas banana, com uma profissão simples por comparação com o outro (não sei porquê…) e que, no fundo, só quer ser machão e a outra mãe idealista, artista, defensora da paz e que apesar de tudo acaba por ser oca e fútil.
Todos temos um pouco daquilo, mas não somos apenas aquilo.... acho.
As interpretações são excelentes, especialmente a das mães.
O Paulo Pires é um excelente estereotipo do que todos acham (??) que deve ser um advogado dado a sua rigidez natural.


Foi um bom serão, mas não foi ,de todo, o espectáculo que eu esperava.

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