terça-feira, 27 de novembro de 2012

cortar o cabelo, cortar as saudades

cortar o cabelo.
cortar as saudades.
estou aqui e nada mudou. só se for para pior
todos se queixam e me relatam o menos que têm e o mais que podiam ter.
olho-os triste e contente por, por enquanto, eu ter mais e não ter menos do que podia ter.
os meses, os dias, que aqui não estive, parecem às vezes horas e às vezes anos.
as gargalhadas no meio de uma suporbock e de uns tremoços, são de ontem, o recordar da partida é de há anos.
e corto as saudades com a mesma navalha que cortei o cabelo.
não mudo muito, só um aparo e, na realidade, está tudo na mesma, mas mais curto, nestas minhas viagens a lisboa.
 

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