quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O antigamente...


Regressada da maravilhosa e complexa cidade de Amesterdão, dou por mim a achar Lisboa mais feia.

Eu que sou uma lisboeta convicta, que falo à tia (segundo me dizem), que digo imperial, bica e joâlho (por oposição a joelho!), sinto-me esta semana um tudo ou nada menos lisboeta.

Ou são os transportes cheios de gente mal humorada, ou são os prédios abandonados, ou as ruas sujas com pessoas que dormem nos bancos de jardim... não sei.

Ontem, ansiosa por chegar a casa, na paragem do autocarro 30, assisti ao piorzinho que se pode dizer da natureza lisboeta (ou portuguesa).

O autocarro não chegava e quando chegou, apenas por inquisição (palavra branda) dos futuros passageiros, se soube que partiria apenas passado 20 minutos.

30 minutos depois da hora marcada e sem pressa de se despachar.

Ora, se é mau que todos tivessemos que nos submeter ao atraso, na ânsia de chegar a casa, para mim, muito pior foram as palavras com que a passageira, mais lisboeta e arrebitada que lá ia, nos brindou...

Este país é uma desgraça.

Eu não votei nestes.

Decidiram por mim.

E, por fim, lá veio a minha preferida: antigamente é que era bom...

Ah pois é... no fim de um dia stressante q.b., em que não consigo chegar a casa, só faltou mesmo o saudosismo pelo antigamente.

E para que não houvesse dúvidas, a sra. a crescentou: naquele tempo havia quem mandasse!


Em Amesterdão também haverá disto, é certo. Eu provavelmente é que não percebo, felizmente!

1 comentário:

  1. Ahahahhahhahah!
    A ideia que as pessoas geram de si próprias...

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