Fim do dia em beleza.
Depois de ginasticar, de um excelente jantar, rumar à Alameda D. Afonso Henriques para assistir ao fim das festas de Lisboa.
Confessa-se desde já que, apesar de lisboeta, o fado não é uma paixão, mas apenas o Camané!
Como não gostar daquele ar simples, não pretensioso, com que canta o fado?
De ar normal, com pouco esforço na voz, como se nos desse um simples bom dia, timidamente.
Falhou em apenas cantar umas meras quatro músicas e nem todas das preferidas (culpa da organização, claro!).
Arrancou alguns suspiros, mas trouxe memórias e foi ver-nos, cantando, lisboetas, de olho fechado e mão no bolso!!
Saldo final: encerramento das festas bem organizado, Camané com pouco tempo de antena, substituído pelo Carlos do Carmo (de quem não se gosta de todo) e que, com postura totalmente oposta, nos "ensinou": nunca se acompanha um fado com palmas, isso é para as marchas ou a música ligeira!! Pfff...
Aqui fica a letra da primeira música cantada pelo Camané, com palmas, por favor!!
Se não matas a saudade
Quando morres de vontade
De pôr à saudade fim
É talvez porque preferes
Ter da saudade o que queres
E não me pedes a mim
A saudade em que me deixas
É penhor das tuas queixas
Por não dizeres a verdade
Bastava que me pedisses
De cada vez que me visses
O que pedes à saudade
O que dás, se me não vês,
Não consigo que me dês
Por timidez ou vaidade
E a saudade que vais tendo
Com ela vives, morrendo
P'ra me matares de saudade
Talvez seja o que tu queres
E é por isso que preferes
A saudade em vez de mim
Morrendo os dois de saudade
Temos toda a eternidade
P'ra pôr à saudade fim
50 cêntimos!
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