Vivo no meio desta cidade. Saio aos meus e ando (e ando e ando e ...) para arejar a cabeça, para ver a cidade, para fazer exercício!
Vou a pé para todo o lado e resisto, todos os dias, a meter-me no metro, a pegar no carro ou a pedir boleia.
Agora que o sol espreita (e queima), ganha-se coragem para vestir, por vezes, um vestido e, simplesmente, sair e andar.
Esta lisboeta aproveita e vai destas "avenidas novas" até à feira do livro, onde se arrisca a comer uma fartura como jantar, passeia na Avenida de Roma, de ipod nos ouvidos, e se vê as montras, os cães e os raros lisboetas que preferem as ruas ao centro comercial.
E após uma caminhada, janta por ali perto, bebe café numa esplanada onde já a conhecem e promete voltar no dia seguinte.
Viver no centro da cidade é isto. É haver recantos que são cosmopolitas, mas que, com os dias, as horas, os passeios se tornam um pequeno lugar, uma pequena comunidade e nos fazem sentir quase em casa.
E quando a vontade nos faz (ou precisamos de) ir mais longe, apanha-se mesmo o metro e segue-se, rua fora, até onde ele não chega.
Vai-se, por exemplo, pela Rua dos Caminhos de Ferro até ao Clube Ferroviário, onde se pode jantar ou lanchar, com vista para a outra margem (mas não beber café a seguir ao almoço, já que fecha) ou, se ali não der, a uma esplanada, mesmo ali perto, na bica do sapato: deli delux.
E com vista para o rio, com vista para coisas bonitas, recupera-se da caminhada, bebe-se uma cerveja (ou duas, ou três) e aprecia-se, bem acompanhada, mais um recanto lisboeta.
E agora, findo mais um dia num escritório de uma avenida lisboeta lisboeta, vai aceitar-se uma excelente sugestão e ir à Avenida da Liberdade, ver os novos quiosques e beber qualquer coisa fresca!
A decisão que agora resta é apenas uma: vamos a pé ou não!?
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