Falando do primeiro: demasiado lírico, poético... parado, porque não admitir!
O que lhe quiserem chamar, é escolher!
Ante-estreia cheia de famosos. Cinemateca com a esplanada mesmo a saber bem, cerveja fresca, uma bela tosta e a ânsia pelo filme.
Brad Pitt e Sean Penn, só eles seriam motivo bastante para ali estar.
Mas desenganem-se os que acham que os dois excelentes actores chegam para nos manter acordados, animados...
Mas desenganem-se os que acham que os dois excelentes actores chegam para nos manter acordados, animados...
Findo o filme - numa sala excelente e a um preço fantástico de €2,5 - não houve posição unânime sobre o tema.
De que trata? Famílias, Deus, perda, morte? Tem momentos muito bonitos, imagens que fazem quase suspirar, mas usa e abusa do abstracto, deixando a cada um de nós demasiadas dúvidas, demasiado para divagar... talvez seja esse o objectivo.
Cada um de nós lida de forma diferente com a família e a perda. Cada um encontra as suas soluções. Talvez. Fica a divagação, ficam as imagens bonitas e o não saber, ainda, se se gostou ou não.
Ensaio sobre a cegueira.
Ensaio sobre a cegueira.
Começando de pé atrás: livro demasiado apreciado, seria o filme minimamente justo?
Sabendo que o José Saramago chorou no fim, seria, à partida, um bom prognóstico.
Não desiludiu.
O livro foi lido há mais de 10 anos e a cada novo desenrolar as imagens do livro apareciam.
Os actores sem nada a apontar, a violência lá, explícita, mas claramente inferior à criada pela imaginação (com direito, na altura, a pesadelos!).
Mas quando o filme acaba, quando todo o caos amaina, assentimos naquilo: que não vemos as coisas, que nunca abrimos bem os olhos.
E como por lá se diz:
"Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem."
"Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem."
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