Ontem choveu. Trovejou.
Saída de um destes escritórios da capital, de uma sala quente e cheia de papel, pus o pé na rua e as pingas passaram de leves a grossas.
Em clima tropical, não se fugiu à chuva e era ver lisboetas que não fugiam, nem corriam, outros até sorriam e todos se deixavam quase ali ficar, não apressando o passo, a sentir as gotas na cara, na roupa, nos braços destapados.
No meio do jardim do Campo Pequeno, cheirava a campo, a relva molhada e uma mulher, com menos roupa que eu, cruzou-se comigo e sorriu-me. Cumplice. Retribuí.
Apeteceu-me ainda demorar mais, andar ainda mais devagar.
Olhei em volta e vi que ninguém se parecia sequer importar, não havia chapéus abertos, apenas gente de calções, saias e até sandálias, que caminhava à chuva, cada vez mais grossa.
Não, não fui à Avenida da Liberdade, não tomei nada fresco.
A frescura veio daquele fim de tarde, que se tornou uma noite de tempestade, nesta cidade de Lisboa, mas que trouxe, pelo menos a uma lisboeta, uma sensação que há muito não sentia.
olha, eu fui à Av. da Liberdade, ao "Starbucks" dos Restauradores... a cidade estava linda à noite!!! toda brilhante, depois da chuva...
ResponderEliminarE que bom!!! A mim também me apetecia ter caminhado à chuva! Há já uns tempos que não o faço.
ResponderEliminarEspero que a chuva e a trovoada te tenham limpo a alma e te tenham dado uma nova frescura aos teus dias.
Dá notícias que tenho saudades tuas.
Beijo...