Sábado, nove de Abril de 2011. Castelo de S. Jorge. Noivos e a vista da cidade de Lisboa.
Subir devagar a encosta da colina, as escadas, entre pedras e pedrinhas com vários anos, séculos porventura. Desejar não cair, quase pedir uma mãozinha, para não rasgar as meias antes da festa…
E os saltos que teimam em não facilitar. O vestido que teima em descair. O risco que pode não acompanhar bem a pálpebra… respirar fundo e só querer um bocadinho de água no fim da subida!
A chegada. Os noivos. O casamento.
Entre fotografias e sorrisos, entre melancolia de tempos passados, celebrou-se o amor de longa da data, reviveu-se a amizada de longos anos, sobre a cidade de Lisboa, entre as muralhas.
Enquanto ao casal se liam os deveres e as expectativas, se desejavam os futuros mais promissores, uma lisboeta contemplava a beleza que era alguém casar na sua cidade, no castelo que a coroava.
E tantos anos depois (pareciam quase os mesmos das pedras da calçada), um amigo, que conheceu ainda no século passado, antes de passar a barreira dos vinte e dos trinta e, que, agora vê, sob um céu azul, a trocar alianças.
Sorri e controla a lágrima teimosa, que sempre jurou não derramar em casamentos.
Bate palmas no final e olha a calma do Tejo, a ponte sobre ele, a outra margem e a sua bela bela cidade.
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